quinta-feira, 30 de abril de 2009

O Doido e a Morte



A explosiva farsa em um acto de Raul Brandão, acompanhada pelo libreto de Alexandre Delgado, será a próxima edição para a Companhia de Teatro de Almada (CTA). Com estreia dia 15 de Maio no Teatro Municipal de Almada.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Bibliofilmes



Ao que parece, este "trailer", feito há 3 anos, acaba de ganhar o prémio no concurso Bibliofilmes, na categoria "Melhor Trailer Enviado por Editora".

terça-feira, 28 de abril de 2009

Feiras do Livro

Estaremos nas Feiras do Livro do Porto e de Lisboa. Aqui, estaremos na Tenda dos Pequenos Editores. Lembramos, a quem quiser entrar ainda na Promoção "Buracos Negros", que pode comprar ali um exemplar de CRIATURAS DA NOITE e depois fazer prova da sua posse enviando-nos uma foto do seu exemplar (em casa, no café, no trabalho). Alguns folhetos junto aos livros lembrarão os visitantes desta promoçã0 (clicar para ver maior).

Da diletância

Um oportuno texto de Eduardo Pitta, a ler aqui.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Curso de Bruce H. Rogers na Universidade Nova



Ainda sem podermos confirmar o local do encontro entre Bruce Holland Rogers e José Mário Silva (contamos poder fazê-lo em breve), aqui fica o programa do Curso de Escrita Criativa que o autor de Pequenos Mistérios (premiado com o World Fantasy Award) irá ministrar na Universidade Nova (Auditório 1, Torre B, FCSH) de 19 a 22 de Maio, entre as 18 e as 21 horas (inscrições e informações aqui ou aqui):

19 Maio: Managing creative work. The creative circumplex, and why creative writing involves much more than writing and rewriting. Methods for getting and developing ideas. Practice with some techniques. Discussion of fiction in the marketplace: traditional publishing, and other avenues for getting texts into the hands of readers.

20 Maio: Taking a structural approach to writing and the teaching of writing: What are the most useful ways of thinking about how fiction works as a structural strategy? How does point-of-view work, and what are the most helpful ways of thinking about point of view? The technical frameworks that have been of the greatest use to me in writing fiction.

21 Maio: Writing as a communal act. Good workshops and bad. Methods of critique. Managing the social circumstances of writing in both academic and casual groups. Methods of criticism, and practice with those methods. Creative writing as a cultural phenomenon: What is the rightful place of creative writing in the academy? What are some of the good and bad aspects of the role of creative writing in the university, as practiced in the United States of America?

22 Maio: Reading like writers, and the special case of very short prose works. How to open a work of literature as if it were a stolen purse. The compendium as a teaching tool and a tool of self-study. Observations about the requirements of some different story traditions, including the fable, the fairy tale, the inversion story, the problem story, the solution story, the found (organic) form, the fixed form, and constrained writing.

(Retirado daqui)

Galeano pela rama



Perfil de Eduardo Galeano no DN de 25.04.2009 (clicar para ver maior). Um texto não isento de algumas gralhas (coisa que se torna rotineira neste jornal, infelizmente, e à qual não escapam datas como "1942" em vez de 1492) e em que faltou mencionar quem publicou e publica em Portugal este autor. Resposta simples: além da Caminho (pré-Leya), apenas a Livros de Areia.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

quinta-feira, 16 de abril de 2009

E já começou...

Cristina Alves, da Amadora, é a nossa primeira leitora a garantir 1 exemplar gratuito e fresquinho de BURACOS NEGROS de Lázaro Covadlo, que sairá do prelo em Maio. Aqui fica a prova da posse de 1 exemplar de CRIATURAS DA NOITE, enviada por email.



Lembramos que na coluna da esquerda têm à disposição um formulário de participação na Promoção, limitada às 12 primeiras candidaturas com prova fotográfica (não vale um testemunho escrito da avó em como jura que vos viu com o livro na mão...). E restam onze...



CRIATURAS DA NOITE
de Lázaro Covadlo
15,00 13,20€
Desconto de 12% (apenas em compra no nosso site ou blogue)


sexta-feira, 10 de abril de 2009

Promoção "Buracos Negros"

Anunciamos já que os primeiros 12 leitores (tantos quantos os contos, ou "buracos negros", do novo livro de Covadlo) que nos provarem visualmente (saquem das Olympus empoeiradas ou dos telemóveis 3G) que possuem um exemplar de CRIATURAS DA NOITE de Lázaro Covadlo, receberão 1 exemplar gratuito de BURACOS NEGROS, que deverá sair da gráfica na 3ª semana de Maio. Esta oferta é EXCLUSIVA a este blogue, e as "provas" fotográficas (ou links para o Flickr ou semelhante) podem ser enviadas por email, ou através de um formulário que colocaremos em devido tempo na barra lateral.
Faremos também uma promoção, durante o mês de Maio a Junho, em que a compra de 1 exemplar de BURACOS NEGROS dará a oferta de 1 exemplar de CRIATURAS DA NOITE. Mais uma vez, APENAS através do nosso blogue ou site.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

De volta



Eis a capa (ainda em work in progress) de BURACOS NEGROS de Lázaro Covadlo, que em Maio estará à venda. Tem por base duas ilustrações de John Tenniel para a 1.ª edição de Alice in Wonderland (1865) de Lewis Carroll.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Buraco Negro #12

Na última noite de 1976, numa luxuosa mansão rodeada de jardins e guardada por homens de uma eficiente companhia de segurança, na zona residencial da Grande Buenos Aires, festejava-se a passagem de ano. Por trás do portão encontravam-se automóveis topo de gama. Os chóferes e os guarda-costas permaneciam junto dos veículos e desfrutavam do champanhe que, por meio dos empregados, os seus patrões lhes faziam chegar da cozinha. Os seguranças sabiam que os seus patrões festejavam a morte do ano, mas ignoravam que, ao mesmo tempo, celebravam antecipadamente o fim de uma etapa política e o início de outra: dentro de poucos meses aumentaria a intensidade do incêndio de dor e morte que já há algum tempo calcinava o país.

Aristides Storni era o dono da casa, e muito mais tarde recordou aquela noite como um momento especial da sua vida, uma vez que no decurso do serão julgou ter alcançado o cume do seu poder. Não sabia, todavia, que subiria ainda mais na escala social e na da infâmia, mas ao ver-se rodeado por tantos amigos poderosos, que não paravam de elogiar o seu desempenho no mundo das finanças, custava-lhe imaginar uma cota mais alta para a sua ambição. Havia, entre a pequena multidão de empresários, políticos e militares, acompanhados pelas suas apresentáveis esposas, uma quantidade de personagens que ele nem sequer conhecia, o que justificava as suas suspeitas de que entre estes poderia ter-se infiltrado o Agente do Mal, que não voltara a ver desde aquela longínqua madrugada de primavera, em Mar del Plata.

Aristides Storni acreditou na possibilidade de o seu contratante se encontrar ali – assumindo a identidade de qualquer um dos presentes – para apreciar com olhar de dono os frutos do seu labor. Muito embora, claro, o trabalho não tivesse sido só de Aristides: quase todos os presentes na festa tinham contribuído para expandir a iniquidade e o sofrimento.

No entanto, nesta festa ninguém mencionava nada que pudesse relacionar-se com temas desagradáveis: as senhoras comentavam as suas futuras férias e os homens falavam de desporto. Brindava-se a todo o momento: pelo novo ano e pela nova vida, pela prosperidade e a saúde, e Aristides devia ser o único que a cada brinde dizia interiormente: caos, obscurantismo e morte. E também: sofrimento, mentiras e esquecimento, porque pensava que o Agente do Mal, se é que vadiava por ali ou estava em qualquer outro lugar, não podia (como Deus) deixar de ouvir os seus pensamentos; e se tais pensamentos o satisfizessem, continuaria enchendo-o de bens, mais bens e mais poder, se isso fosse possível. E enquanto saudava uns e outros e brindava com todos, observava de soslaio o dissimulado brilho do olhar de cada um, para se certificar de que entre eles estaria o seu benfeitor e dono."

("As Correntes do Mal", in Buracos Negros de Lázaro Covadlo, tradução de F. J. Carvalho)